Vivendo no modo automático

Vivendo no modo automático

A chegada do final de ano marca o fim de mais um ciclo. Então nos confrontamos com todos os sonhos, promessas e planos de mudanças que foram feitos no ano anterior.

Essa reflexão fica evidente nesta época e faz perceber que, com o passar do tempo, as promessas são esquecidas e os velhos hábitos e comportamentos são retomados, sem gerar nenhuma mudança real.

Diante da chegada do fim do ano, quando as últimas folhas da agenda ou do calendário se aproximam, e nada foi concretizado, o sujeito tende a se deparar com sentimentos de frustração, aumento da ansiedade e até ideias relacionadas a fracasso e menos-valia.

Este é um circuito conhecido por muitos, onde a frustração toma conta dos pensamentos e, diante de um novo ciclo re-lançamos nossos desejos e expectativas e voltamos a reescrever os mesmos objetivos para a próxima virada.

Este ciclo conhecido por muito de nós, está relacionado com a forma que nos comprometemos com nós mesmos.

Muitas vezes nos vemos vivendo no “modo automático”, como se o tempo fosse apenas um amontoado de dias, deixando de lado o foco no nosso verdadeiro propósito.

Este funcionamento mental do automatismo, muito comum hoje, onde a lógica do nosso tempo parece incentivar isso, (redes sociais, imperativo de produzir a qualquer custo!).

Inúmeras ações, muitas vezes atuam sem estarem completamente presentes no momento de cada ação realizada. Não há reflexão, há pouco espaço para a pausa e para a elaboração.

A vida não deve ser vivida no piloto automático

Para tudo na vida existe um tempo de ver, de compreender e de concluir. O tempo de ver é o de se deparar com as situações da vida, tudo que chega diante de nós (e que fazemos algum contato).

O tempo de compreender é por muitas vezes esquecido e nos é exigido o tempo de concluir rapidamente. O que não é possível.

O compreender é fundamental para elaborarmos, tomarmos decisões e ações conscientes, equilibradas e com algum significado.

Tempo de elaborar e processar é necessário. E o tempo de concluir é uma consequência processual.

Não deixe que a pressão de concluir do final de ano te consuma

É muito comum que nessa época seja criada uma grande expectativa de realizações e conclusões precipitadas.

E então, de repente, tudo o que você não conseguiu fazer o ano todo deverá ser executado!

Por isso, acabamos criando metas surreais, que com facilidade poderão gerar frustrações e, sobretudo, sem respeitar a temporalidade necessária de cada sujeito.

Lembre-se também de celebrar as pequenas conquistas, isso traz motivação para continuar e ainda torna a vida mais leve e feliz.

Um desafio: experimente ao final de cada dia, semana ou mês, fazer uma reflexão detalhada sobre como foi, o que você fez, ou deixou de fazer, ou o que vem se repetindo, ou procrastinando, perceba também como você se sentiu ao fazer cada atividade, com o que você se comprometeu, e com quem.

Essa prática auxilia nos fechamentos e início de ciclos. Faz parte desse desafio também projetar o que fica e o que sai da sua lista e da sua vida!

Não tenha receio de buscar ajuda

Se você se identifica com essa precipitação do tempo de compreender e de concluir, sofre das pressões de ser produtivo e percebe os efeitos é importante entender que você pode buscar ajuda.

Se uma agenda, um objetivo ou a vida, lhe parece muito pesado, difícil, ou até mesmo caótico, lembre-se: não precisa (nem deve) ser!

A Spazio Psi oferece o atendimento que você precisa. Entre em contato conosco e agende uma consulta com um dos nossos profissionais especialistas.