Suicídio na adolescência

Suicídio na adolescência
Nossos adolescentes estão precisando de ajuda e temos observamos isso em nossa prática clínica diariamente.
Os dados e estudos apontam para o aumento do suicídio na adolescência nos últimos anos. Apresentando números alarmantes que mostram que, entre 2002 e 2012, houve um aumento de 30% (Dados da Associação Brasileira de Psiquiatria).
O que está acontecendo com nossos adolescentes?
Os sinais dos sofrimentos estão presentes e evidentes, com relação à fragilidade psíquica destes jovens, observadas através do isolamento social e a devastação do mundo simbólico.
Exemplos disso são vistos na forma crescente do uso das redes sociais, como se fossem a única, ou a principal, forma de “socializar”. A impressão de socializar dá lugar a um forte sentimento de isolamento e solidão.
A experiência de solidão e desamparo é uma realidade entre a maioria dos jovens hoje em dia. Estudos apontam que os adolescentes que ficam mais de 5h por dia em redes sociais e na internet, têm a possibilidade 10 vezes maior de morte por suicídio.
Outro aspecto importante observado é o empobrecimento do simbólico e a escassez das palavras.
Hoje em dia, experienciamos a linguagem dos jovens, que se comunicam por imagens, memes, emojis e figurinhas sendo a maneira (de forma muito precária) de demonstrar sentimentos e opiniões.
Algumas pesquisas são produzidas no sentido de justificar este aumento do número de tentativa de suicídio na adolescência.
Além da tentativa de suicídio propriamente dita, existe um fenômeno crescente e que ganha grandes proporções em relação a automutilação e escarificações na adolescência.
E fatores de risco que corroboraram que o suicídio na adolescência pode estar relacionado à tristeza temos: Briga dos pais, solidão, traição dos amigos e/ou namorado e frustrações.
Quando é normal e quando identificamos que é um risco?
Uma nova forma de estar no mundo é inaugurada a cada geração. A adolescência é, e sempre foi uma fase de difícil manejo pelas mudanças e transições próprias do período de vida.
Está posto um desafio para os pais, família, educadores e comunidade em geral, que é diferenciar o que é próprio da adolescência e o que passa a ganhar contornos patológicos, dignos de preocupação.
Os pais, educadores e sociedade em geral precisa ficar atentos às mudanças de comportamento do adolescente na escola e na sua vida familiar.
Como por exemplo: desinteresse atividades antes prazerosas, pouca participação nas atividades em sala ou em grupo social, isolamento em casa e afastamento do grupo de amigos, queda no rendimento escolar.
Além de frases (ditas e escritas), tais como: “o mundo estaria melhor se eu não tivesse nele” e outros indícios de depressão.
É importante estar atento à saúde mental do adolescente, sobretudo quando a tristeza ganha proporção que chega a atrapalhar dia a dia do adolescente.
Todo sintoma que tem duração, intensidade e características de interferência na vida do sujeito podemos entender que se trata de um traço patológico.
O que é possível fazer para ajudar?
Os fatores de proteção apresentados como mais eficientes é ter alguém confiável para conversar.
Além da presença de rede sociofamiliar presente e efetiva, outros núcleos como escolas e centros coletivos podem se anunciar como espaços de promoção de saúde.
Neste sentido torna-se importante criar espaços de fala e escuta e implantar atitudes de proteção à vida.
Uma vez que, a presença da palavra e do ato de falar sobre si são atos de autocuidado e ouvir é uma forma de cuidado com o outro.
Precisa de atendimento ou conhece alguém que precisa?
A Spazio Psi oferece o atendimento e suporte necessários para ajudar a lidar com essas situações.
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