Setembro amarelo: como lidar com a ideação suicida?

Setembro amarelo: como lidar com a ideação suicida?
Suicídio. Falar deste assunto te incomoda?
O tema do suicídio é, com toda certeza, um dos mais polêmicos e delicados da prática clínica, sendo motivo de dúvidas e tabus.
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano são registrados mais de 800 mil suicídios no mundo, o que representa aproximadamente uma morte a cada 40 segundos.
Esses números representam muitas dúvidas que surgem ao nos depararmos com a necessidade de ajudar uma pessoa que está pensando em suicídio: “O que fazer?”, “Como lidar?”, “Como aconselhar?”.
Primeiro, é importante entender que o suicídio é uma questão de saúde pública.
Não deve ser simplificado ou atribuído a uma única causa.
É uma série de fatores complexos que se acumularam na história daquela pessoa. Buscar informação é o primeiro passo.
Entenda os sinais mais comuns!
Como já falamos aqui, no artigo Depressão e Suicídio, o suicídio acomete pessoas que se encontram um estado depressivo, que, por sua vez, pode ter origem a partir de inúmeros gatilhos.
É muito importante ressaltar que a depressão não é “frescura”, “falta de coragem”, “falta de Deus”, “fraqueza”, ou qualquer outra coisa.
Os transtornos que podem levar ao suicídio incluem:
- Depressão;
- Transtorno bipolar;
- Alcoolismo e abuso/dependência de outras drogas;
- Transtornos de personalidade;
- Esquizofrenia.
Existem, ainda, outros fatores desencadeantes. Quanto mais diagnósticos, maior é a vulnerabilidade e maiores são as chances de suicídio. Atente-se!
Segundo a cartilha “Suicídio: informando para prevenir”, produzida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), existem dois fatores de risco principais para o suicídio:
- Tentativa prévia: Pessoas que já tentaram tirar a própria vida têm de cinco a seis vezes mais risco de tentar outra vez. Estima-se que metade daqueles que se suicidaram já tinham tentado antes.
- Doença mental: Quase todos os indivíduos que se mataram tinham algum transtorno mental, em muitos casos não diagnosticado, não tratado ou tratado de forma inadequada.
O que fazer para evitar julgamentos?
Quando alguém fala sobre os próprios problemas, a maioria de nós oferece soluções prontas.
Neste momento, evite comparações. As comparações causam um grande dano para o bem-estar psíquico.
Sofrimento não se compara. Evite entrar nesta “disputa” de quem sofre mais. Evite!
Ou, muitas vezes com um julgamento: “como você se deixa abater assim?, “por que não faz desse jeito? Pare de reclamar”, “pense positivo!”. Evite-as!
O que podemos fazer?
Podemos começar justamente por não julgar ou banalizar o sofrimento do outro.
A desesperança, impulsividade, isolamento social e falta de um sentido na vida, são alguns sentimentos de alerta, e por isso, o diálogo, a escuta empática e o acolhimento são muito importantes neste momento de vulnerabilidade.
Perceber esses sinais faz toda a diferença.
Não podemos perder a oportunidade de contribuir para melhorar a vida de alguém.
Por isso, esteja presente, acolha, escute e, sempre que precisar, busque ajuda profissional da Spazio Psi.
Se pensar em suicídio ou conhecer alguém nessa situação, busque ajuda!
A Spazio Psi possui atendimento especializado e está preparada para oferecer apoio profissional para pessoas em vulnerabilidade.
Estamos aqui para nos unir pela vida. Entre em contato conosco e agende uma consulta.