Iniciar em um novo emprego remoto: como ficam as relações sociais?

Iniciar em um novo emprego remoto: como ficam as relações sociais?
O trabalho remoto sempre existiu. Algumas empresas já praticavam com determinados cargos em maior ou menor frequência, especialmente os de liderança.
A grande e drástica mudança que trouxe o tema para o primeiro plano foi sua intensificação e massificação com a pandemia do coronavírus.
Como conviver com uma realidade imposta sem aviso prévio?
A pandemia trouxe uma alteração de comportamento social em todos os aspectos de nossas vidas.
Não podemos mais abraçar um velho conhecido na rua, trocar um aperto de mãos ou caminhar sem máscara e com tranquilidade.
Em casa, nos dividimos nas tarefas que parecem ter se multiplicado com os filhos e suas escolas, todos em um mesmo espaço.
Como se não bastasse, o nosso próprio trabalho veio para casa.
O ambiente que era, na maioria das vezes, restrito à convivência familiar e ao lazer, se tornou tudo ao mesmo tempo.
Trabalho remoto
Para quem manteve o trabalho de forma remota, a adaptação foi intensa, mas mais amena do que para quem iniciou um novo durante o período.
Além do isolamento, não houve um estabelecimento prévio de relacionamentos, as relações sociais todas se deram e dão através das telas.
Esta condição potencializa a insegurança de começar um emprego novo, do “ter que mostrar serviço” que acaba significando horas extras e dedicação extraordinária em troca de um encontro na videoconferência sem saber, ao certo, a opinião ou o resultado daquele projeto.
Os relacionamentos já começam impessoais.
Não fosse isso o suficiente, os próprios chefes, sofrendo a mesma pressão da rotina múltipla, não mantêm um comportamento adequado aos novos tempos.
Seus liderados acabam no limbo das relações superficiais, sem retorno ou feedback sobre sua evolução.
O fato é, todos estamos aprendendo neste momento de crise e são também elas, as crises, as propiciadoras de grandes mudanças.
Os chefes precisam estar mais próximos, acompanhando o dia a dia de seus funcionários, lhes trazendo segurança e retorno sobre a qualidade de seu trabalho.
Os funcionários precisam assumir a liderança de si e entender que as relações mudaram e estão difíceis para todos.
É preciso ter em mente e como prioridade a regulação do estresse e de horas trabalhadas para que esta mudança de paradigma não traga uma doença ou somatização agregada. Para colaborar nesta etapa, estamos aqui.
O acompanhamento terapêutico pode promover um melhor entendimento e amenização dos sintomas decorrentes destes novos tempos. Entre em contato.
Fonte:
https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-08-09/o-teletrabalho-nao-era-isto.html