Entenda o Janeiro Branco

Entenda o Janeiro Branco
O janeiro pode ter muitas cores, pois o primeiro mês do ano é carregado de expectativas com o novo ano que se iniciou. Para nós, psicólogos, ele é acima de tudo branco: Janeiro Branco.
Campanhas têm principalmente a função de promoção, divulgação e, sobretudo de fazer circular o tema na mídia e nas rodas de conversas (virtuais e reais). Além disso, essa campanha tem também o papel de tocar a esfera individual, para refletir sobre a importância da Psicologia.
Ao longo dos anos, se nota a resistência em abordar temas relacionados às doenças mentais. O curso da história mostra que os pacientes acometidos por transtornos mentais eram vistos como vítimas de possessões demoníacas e, portanto, deveriam ser isolados da sociedade.
Hoje tratamos esta questão de forma diferente, pela via da integração e não do isolamento, mas o estigma permaneceu. Ainda em 2019 é possível presenciar preconceitos em relação à saúde mental. Assim, têm-se sujeitos em sofrimento intenso, em processos de fuga, esquiva, projeções e deslocamentos, ou ainda mais grave, em repetições de posições complicadas na vida em ciclos viciosos, comportamentos compulsivos, relações patológicas, dentre várias formas de sofrimento complicadas de lidar.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 300 milhões de pessoas em todo o planeta sofram de depressão. E as projeções são ainda mais alarmantes, estima-se que uma em cada quatro pessoas terá algum tipo de doença mental em algum momento da vida. Essas projeções colocam a saúde psíquica e emocional em posicionamento de destaque, assumindo um papel cada vez mais importante.
A dimensão subjetiva e as construções de temas psíquicos tendem a ganhar ainda mais notoriedade assim como os temas do corpo ocupam no cenário atual, consolidando a expansão da cultura da saúde mental.